terça-feira, 14 de novembro de 2017

O Anel na Antiguidade : Curiosidades - Parte 2



Os anéis que portavam veneno originaram-se na Índia e no Extremo Oriente. A arte da ourivesaria assegurava que pequenas doses de veneno, líquido ou em pó, eram mais facilmente escondidas e melhor guardadas em peças de joalheria do que em peças de couro, cerâmica ou ainda vidro. Anéis usados na Antiguidade com compartimento para veneno foram encontrados por toda a Ásia, Rússia, regiões em torno do mar Mediterrâneo e Oriente Médio. As gemas eram usadas para adornar o anel, em geral masculino, e o veneno ficava contido abaixo das mesmas. A dose era normalmente letal, a ser usada como último recurso ante a desgraça ou uma morte ainda pior.


O orador grego Demóstenes (384 aC-322 aC) cometeu suicídio no templo de Poseidon situado na ilha grega de Calauria, ao usar o veneno escondido dentro de uma anel, para escapar da fúria de seus inimigos, morrendo rapidamente. 



A história de Roma conta que quando Marco Licínio Crasso (115 aC-53aC), patrício, político e general romano, saqueou o tesouro do templo de Júpiter Capitolino, o guardião do templo quebrou entre os dentes a gema do anel que escondia um veneno e imediatamente morreu, poupando a si mesmo de sofrer torturas e uma morte indigna. Marco Crasso, apesar de ter vencido a revolta dos escravos liderados pelo Espártaco e ter participado do 1º Triunvirato juntamente com Pompeu e César, terminou seus dia na Batalha de Carras, travada contra o império parta. Apesar das sete legiões e tropas auxiliares que comandava, resolveu abandonar as tradicionais táticas militares romanas e atacou os partos seguindo caminho por um vale estreito, cuja saída estava totalmente bloqueada pelo exército inimigo. O enorme equívoco deu origem à expressão “erro crasso”, que significa uma falha grosseira de planejamento com conseqüências trágicas.

Em relação a outro general, o cartaginês Aníbal (247 aC- 183 aC), vencedor da decisiva Batalha de Cannae (216 aC) contra os romanos, diz-se que recorreu ao veneno contido em um anel que usava por toda a vida, quando viu que não havia mais saída frente aos inimigos romanos que o caçavam, mesmo estando escondido na remota Bitínia. Sobre o anel de Aníbal, escreveu o poeta romano Juvenal, autor do livro “As Sátiras”: ‘Cannarum vindex et tanti sanguinis ultor Anulus’ ( Este anel, vingador de todos os que caíram em Cannae e de todo o sangue que foi derramado).

O Anel na Antiguidade : Curiosidades - Parte 1

O ANEL NA ANTIGUIDADE



O anel é uma das peças de joalheria mais antigas que existem e sua origem é um tanto obscura, apesar de que se pode inferir que ele é uma evolução do selo cilín
drico que era usado preso ao pescoço ou ao braço que, por questões de funcionalidade da peça, teve seu tamanho reduzido para que pudesse ser utilizado no dedo.

Outra origem possível do anel é o nó: seu design é um dos mais antigos que existem e sua representação foi usada em todas as culturas primitivas como amuleto contra espíritos maus, possuindo propriedades mágicas. As mágicas virtudes do anel ao longo da história da civilização podem estar no fato do anel poder ser visto como um nó simplificado que é usado no dedo.

Usado durante toda a Antiguidade, não só como objeto de adorno mais também como selo, símbolo de poder, classe social ou autoridade, ou ainda amuleto, o anel podia às vezes servir a todos os propósitos ao mesmo tempo.

Eram feitos de vários tipos de materiais, como ouro, prata, ferro, marfim e âmbar, sendo o ouro o material mais cobiçado - não só pela sua raridade e beleza, mas também pela sua associação com o sol, astro venerado em várias culturas como um deus.

Anel Antigo Iraque - Museu Britânico


Foi a cultura egípcia que difundiu o uso do anel como o conhecemos ainda hoje e influenciou outras culturas como a assíria, a cita, a babilônica, a grega, a etrusca, a hitita, a romana, assim como muitas outras, na representação figurativa de animais e insetos como motivo decorativo em anéis. O escaravelho talvez seja, assim como a serpente, o mais forte ícone da representação zoomórfica do mundo antigo.

Na sua obra “História Natural”, escrita por volta de 75 D.C., o autor clássico romano Caio Plínio Segundo relata a fábula grega sobre a origem do anel. "Pela audácia em roubar fogo dos céus, o mortal Prometeu foi condenado por Júpiter a ser acorrentado por 30 mil anos a uma rocha na cordilheira do Cáucaso, enquanto um abutre bicava sem cessar o seu fígado. Mas Júpiter revogou o castigo antes do prazo dado e liberou Prometeu, dando ao Titã uma punição mais leve: usar um dos elos da corrente que o mantivera prisioneiro à rocha como anel. Este continha um fragmento da rocha carcereira, assim Prometeu ainda estaria ligado ao cruel castigo dado anteriormente". (Julieta Pedrosa)

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A Lemniscata e seus significados






Na Antroposofia, a lemniscata mantém seu significado milenar, representando o equilíbrio dinâmico, perfeito e rítmico entre os polos opostos constitucionais do corpo humano: o polo metabólico e o polo neuro-sensorial. Como vimos, o polo metabólico (abdome) é quente, úmido, expansivo e inconsciente. O polo neuro-sensorial (cabeça, sistema nervoso central e órgãos do sentido) é frio, seco, contraído e consciente. Do equilíbrio deste polo, surge a vida humana em sua manifestação mais primordial: o ritmo. A lemniscata representa então o sistema rítmico (coração, pulmões e musculatura do tórax) que proporciona os sinais vitais mais básicos, equilíbrio físico e psíquico e harmoniza as essências opostas que nos compõem. Fazem parte ainda deste equilíbrio dinâmico rítmico, além do ritmo cardíaco e do ritmo respiratório, ciclos como o dormir e acordar (ritmo circadiano), a tendência à vitalidade (anabolismo) na infância e a tendência à esclerose (catabolismo) na velhice (ciclo biográfico) e, em última análise, o ciclo da vida e da morte (ciclo encarnatório). Assim, toda vez que inspiramos, que nosso coração entra em diástole, que acordamos pela manhã ou que usamos nossa função orgânica anabólica, confirmamos nosso nascimento. Analogamente, toda vez que expiramos, que nosso coração entra em sístole, que vamos dormir à noite ou que usamos nossa função catabólica, antecipamos nossa morte.





A lemniscata é uma figura geométrica em forma de hélice que é o sinal matemático do “infinito”. Simbolicamente a lemniscata representa o equilíbrio dinâmico e rítmico entre dois polos opostos. O símbolo da lemniscata nos remete diretamente ao Arcano Maior do Tarot de número 14: “A Temperança”, onde vemos uma mulher que mistura e equilibra, através de sucessivas misturas, dois jarros que contém água: um com água fria, outro com água quente. Conforme as sucessivas passagens de fluidos de um jarro a outro, e deste de volta ao primeiro, se processam, obtém-se o elemento morno (temperado). Esta carta corresponde à letra hebraica “Nun” na Cabalah.



Da mesma forma, a lemniscata foi largamente usada nos desenhos celtas e insistentemente reproduzida em seus intrincados desenhos de formas. A lemniscata, principalmente em suas representações celtas, nos remete diretamente ao “Ouroborus”, símbolo antiqüíssimo, resgatado pela tradição alquímica, onde se vê uma serpente que morde o próprio rabo e devora-se a si mesma. O Ouroborus é também representação simbólica do Infinito e do equilíbrio dinâmico universal.



Carl Gustav Jung, refere-se a este símbolo como o “Mysterium Conjuctionis” (Mistério da Conjunção), resultado do “Hieroghamos” (Casamento Sagrado), equilíbrio do Masculino e do Feminino Universais, essência fundamental da mente humana e, em uma visão mais ampla, da existência humana em si.



Ainda podemos observar a lemniscata nas curvas do Caduceus (o cetro da dupla serpente), símbolo da Medicina e manisfestação de Hermes; nos meridianos do fluir da Energia Vital descritos pelas medicinas tradicionais hindu e chinesa e pela Acupuntura. A lemniscata repete-se no próprio movimento das galáxias, das estrelas e dos planetas, na Astronomia e na Astrofísica. A lemniscata está presente na dupla hélice do DNA presente em todos os seres vivos deste planeta. Ainda verificamos a formação de lemniscatas nos movimentos pendulares observados na Física; na báscula do andar humano; no crescimento dos vegetais e na disposição de suas flores e folhas; nos movimentos de regência da musical; no movimento do Tao; em emblemas e símbolos de famílias tradicionais japonesas, em mandalas de diversas origens e épocas e, de forma abstrata, nos ciclos da Natureza e no equilíbrio psíquico entre o Pensar e o Querer, dando origem ao Sentir.






A forma geométrica da lemniscata é usada como base para todos os processos antroposóficos: desde a dinamização de medicamentos, até a criação de estruturas arquitetônica; passando por movimentos da Euritmia, desenhos da Terapia Artística e fluxos da Engenharia Antroposófica. As técnicas da Massagem Ritmica são totalmente baseadas na repetição de movimentos helicoidais diversos que reproduzem a lemniscata. Desta forma, consideramos a lemniscata o símbolo máximo da Antroposofia, resumindo em si todos os conceitos fundamentais aplicados em todas as práticas antroposóficas.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Tesouro em Ouro descoberto perto do Monte do templo, em Jerusalém (setembro 2013)

Tesouro em Ouro descoberto perto do monte do templo de Jerusalém

 Uma nova coleção foi  descoberta por arqueólogos que trabalhavam ao pé do Monte do Templo de Jerusalém - um local sagrado para três religiões mundiais - onde descobriram uma jóia de ouro de 1400 anos e moedas de ouro que está sendo descrita como  "deslumbrante, uma grande descoberta da vida ", no ano de 2013.



O arqueólogo principal, Eilat Mazar, da Universidade Hebraica de Jerusalém, mostrou o encontro mais impressionante da equipe durante uma conferência de imprensa . Era um medalhão de ouro de quatro polegadas de largura gravado com imagens de um candelabro de sete ramificações (menorah), um chifre de carneiro (shofar) e um rolo de Torah. Apesar de ter sido sepultado durante 14 séculos, a peça estava em condições quase perfeitas.



"O medalhão menorah é provavelmente um ornamento para um rolo da Torá", explicou o Dr. Mazar e seus colegas. "Foi enterrado em uma pequena depressão no chão, juntamente com um medalhão de ouro menor, dois pingentes, uma bobina de ouro e um fecho de prata, todos os quais se acredita serem ornamentos de rolagem da Torá".



O time de Mazar também revelou jóias de ouro e prata de época bizantina, bem como 36 moedas de ouro que retratam as imagens de imperadores que variam em um período de 250 anos entre Constantine II e Mauricius.

O trove foi descoberto nas ruínas de uma estrutura pública bizantina localizada na região de Ophel da escavação, apenas a 50 metros da parede sul do Monte do Templo. As descobertas, que datam do ano 600, estão agora sendo apelidadas de "Tesouro Ophel".



"Eu nunca encontrei tanto ouro na minha vida! Fiquei congelado. Foi inesperado ", disse o Dr. Mazar ao Times of Israel.

Mazar e sua equipe suspeitam que os tesouros foram enterrados e abandonados por seus donos judeus durante a conquista persa de Jerusalém em 614.

"Parece que a explicação mais provável é que o cache Ophel foi destinado como uma contribuição para a construção de uma nova sinagoga, em um local próximo ao Monte do Templo", disse Mazar. "O que é certo é que sua missão, seja lá o que for, não teve êxito. O tesouro foi abandonado e seus donos nunca voltaram a coletá-lo ".

(Setembro 2013)

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

História da Joalheria

História da Joalheria


O homem sempre sentiu a necessidade de se adornar. Os primeiros adornos eram feitos com ossos e dentes de animais, conchas, pedras e madeira e simbolizavam o status, o poder ou misticismos. 
O ouro é explorado pelo homem há mais de 6.000 anos. Acompanha a evolução humana, assim como as artes, contando a história através de belas jóias.
Em cada período histórico, as características das jóias e das artes se transformaram. Vamos conhecer um pouco sobre essa história através da joalheria.

Pré-história: Eram utilizados materiais como pedras, ossos, sementes e dentes de animais, lapidados de forma rústica.





Egípicios: As jóias deste período eram carregadas de misticismo e simbolismos. Figurativas, essas peças tinham formas de escaravelhos, que representavam o sol e a criação; olho do deus Horus, que protegia contra maus espíritos ou até mesmo de serpentes e escorpiões. Utilizavam muitas cores, que também eram carregadas de simbolismos. A policromia era obtida através de gemas como o lápis-lazúli, feldispato verde e turquesa ou até mesmo esmalte vitrificado.




                                                                       Jóia do faraó Tutancâmon com Escaravelho  e disco solar



Gregos: A princípio os gregos utilizavam formas geométricas. Com influência de outros povos passaram a produzir cenas mitológicas em brincos, braceletes e colares.

Etruscos: As técnicas de filigrana e granulação foram utilizadas com extremo primor

Celtas: A joalheria Celta sofreu grande influência de povos estrangeiros. Adaptaram as técnicas de outros povos à sua arte de trabalhar o metal. Utilizaram de forma magistral técnicas como: filigrana, gravação, intaglio, fundição, esmalte e granulação. 




Romanos: Os romanos utilizavam o ouro para financiar guerras. Somente em 27 a.C., com novas fontes do metal, é que os romanos passaram a utilizar parte deste ouro na joalheria. Lentamente, as jóias foram se tornando mais populares.

Idade Média: Na Idade Média a arte sofreu grande influência religiosa (teocentrismo). As jóias eclesiásticas ganharam força, sendo muito usados escapulários, crucifixos e relicários por ambos os sexos. 




Apareceram as primeiras sociedades de ourives, os quais se instalaram em guildas (corporações de ourives). As jóias tinham um simbolismo muito forte, não só religioso, mas também de status e divisão de classes. Existiam leis para o uso das jóias. 


O esmalte foi uma das técnicas em destaque.
Os anéis eclesiásticos, são usados até hoje por cardeais, bispos e pelo papa. A Burguesia utilizou anéis gravados com monogramas como instrumentos de autenticação de documentos.


Os cintos e broches, além de adornar, eram funcionais. O vestuário também era ricamente adornado. Fios de ouro e gemas eram aplicados às bordas dos tecidos.

As gemas tiveram um papel de destaque. Em uma técnica para realçar sua cor, algumas delas recebiam uma fina camada de metal. Foram criadas leis restringindo o uso desta técnica em conseqüência de seu uso indiscriminado.

As pérolas, rubis, safiras, esmeraldas e granadas foram as gemas mais utilizadas. Além do formato cabochão, pedras com facetas começam a surgir. É o período onde a lapidação começou a se desenvolver.

Joalheria Bizantina: Caracterizou-se pelo uso de gemas, pela policromia e trabalhos delicados de filigrana e granulação, expressando a fusão das culturas orientais e ocidentais. Nesse período, o tema principal era o religioso
As principais gemas utilizadas foram as pérolas e safiras.
O esmalte decorava peças ricas em detalhes na representação de santos, retratos e desenhos abstratos
A lapidação era muito primária. Utilizava-se apenas arredondar as arestas, lapidar em forma de contas e polir as facetas naturais da gemas.


Estilo gótico: A arquitetura gótica com seu verticalismo influenciou a joalheria de maneira gradual. A arte gótica surge em um momento de crescimento das cidades medievais. O estilo arquitetônico gótico já estava emergindo por volta de 1150, mas somente no final do século XIII é notado seu reflexo na joalheria. Surgem novas formas, mais angulares e pontudas que resultam em formas elegantes. A arquitetura retrata a crença na existência de um Deus que vive em um plano acima da humanidade, e isso explica o verticalismo, onde tudo aponta para o céu. Sua maior representação esta nas catedrais.


Renascimento: Com os estudos de anatomia e engenharia que ganharam força nesta época, os ourives conseguiram reproduzir com fidelidade, formas humanas representadas em peças inspiradas na mitologia.

A joalheria deixou de ser patrocinada pelo clero e passou a ser patrocinada pela burguesia. Foi então que o ofício de ourives começou a ganhar status de arte assim como a pintura e escultura.


Com as navegações e a descoberta das Américas, a Europa foi abastecida de ouro, prata e gemas
Era costume usar vários anéis na mesma mão, assim como muitos colares. Também era comum o uso de pingentes, brincos, broches e jóias para o cabelo e chapéu. Os adornos de chapéus eram feitos de ouro esmaltado, com motivos mitológicos ou religiosos. 

Camafeus também começaram a ser introduzidos na composição destes adornos.

Estilo Barroco: Nas jóias barrocas o que predomina é a emoção que vem contrapor com o racionalismo do renascimento. 


A França dita a moda. A jóias passam a ser usadas com mais moderação e ficam mais elegantes. Temas religiosos perdem espaço para os temas naturalistas como pássaros e flores. 


Houve um grande avanço na lapidação. Os desenhos de peças para o dia eram diferentes dos para serem utilizados à noite, já que estas deveriam refletir com mais intensidade a luz dos candelabros.
As jóias são usadas como ostentação de poder e riqueza


O diamante foi a gema preferida, mas rubis, esmeraldas e safiras também foram muito utilizados.

Rococó: O barroco se transforma em exuberância. Assimétricas, as jóias deste período são sedutoras. Utilizava-se muitas gemas coloridas e diamantes. As técnicas de lapidação foram aprimoradas. As peças tinham muito brilho e eram mais luxuosas. Surgem os conjuntos de jóias, peças feitas com a mesma linguagem formal e mesmos materiais.
Brincos, anéis, pendentes em formatos de buquês e laços são jóias muito utilizadas.

Neoclássico: Com a revolução francesa, a referência volta a ser os estilos grego e romano, limpando a jóia dos excessos dos estilos anteriores. Camafeus, medalhões e correntes voltam a ser utilizados.
As gemas, usadas com moderação, eram enfatizadas através de uma moldura de diamantes, ouro ou pérolas que rodeavam a gema principal. Tiaras, anéis e braceletes fazem parte dos adornos usados.

Art Nouveau: A inspiração deste estilo era a Natureza. Suas jóias eram a mais bela representação das linhas orgânicas. Utilizavam materiais como marfim, chifres, vidros entre outros.





Belle Époque: A jóia neste período era usada com o intuito de adornar as mulheres e satisfazer sua vaidade



               Belle Epoque ( Edwardian ) natural pearl brooch Natural pearl , Old European cut diamonds , Platinum & Gold Diameter 3,9cm Europe 1900-1910 circa

Art Decó: O Cubismo e o Abstracionismo, assim como as linhas da Bauhaus, tiveram forte influência neste período. Geométricos, os colares e longos brincos também eram produzidos em materiais alternativos (não preciosos), como o aço.





Segunda Guerra: Após a Segunda Guerra, a Europa deixa de ditar moda e adota o estilo de vida americano. O cinema é um grande meio de difusão deste estilo. O glamour de Hollywood começa a imperar. 


Com a guerra ouve uma queda de fornecimento de gemas. Abriu-se, então, um grande espaço para as bijuterias finas

Anos 60 e 70: A forma era mais valorizada que o material e novos conceitos passam a ser empregados, utilizando plástico e até mesmo papel. O design passa a ser valorizado pelo conceito.(Biane Motta)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Jóias Egípcias




Desde o quarto milênio a.C. que existem evidências de confecção de jóias no antigo Egito.

O povo egípcio dava enorme importância ao significado religioso de certos objetos sagrados refletindo e influenciando os motivos para aplicar nas suas jóias
Começaram por fazer jóias de simples materiais naturais como por exemplo ramos de plantas, pérolas, pedras sólidas ou ossos.


Estes materiais eram colocados em fios de linho ou em pêlos de vaca e para dar cor começaram a pintá-los com substâncias extraídas de plantas e pedras.
Jóias Egípcias
A arte da ourivesaria egípcia atingiu o seu auge nos anos de 2160-1730 a.C. quando este povo dominou as técnicas e a precisão de confecção de peças de joalheria.
Durante os anos de 1500-1085 a.C., a ourivesaria ganhou impulso por causa das missões regulares ao deserto oriental e núbia para extrair metais e conquistar territórios.
Jóias Egípcias
Na lapidação egípcia usavam-se fragmentos de esmeraldas ou pedras para esculpir pedras mais suaves, enquanto ferramentas rotativas eram usadas em jóias mais difíceis.
Jóias Egípcias
A construção de monumentos juntamente com coleções de mobiliário de grande valor, jóias e arte promoveram a glória, poder e dominação religiosa dos faraós em toda a região.
Jóias Egípcias
Esta projeção de grande riqueza tornou-se especialmente importante em sua vida após a morte.
Na era faraónica até à era romana, tanto os homens como as mulheres usavam jóias no seu dia-a-dia, não só como símbolo de riqueza e estatuto social mas também como acessório decorativo que os embelezava e protegia contra o mal.
Jóias Egípcias
O ouro foi o principal metal eleito por esta civilização e foi frequentemente usado ao longo da história desde há milhares de anos.
Para além deste metal, o bronze foi usado extensivamente e, por vezes, coberto com folhas de ouro bem como uma liga de ouro, prata e uma pequena quantidade de cobre chamado de "electro" na V dinastia de Faraó, Sahure.
Sendo as pedras naturais muito difíceis de serem trabalhadas, os antigos egípcios preferiram imitar as suas cores usando vidro policromada em 2000 a.C.
Jóias Egípcias
Do vidro solidificado formavam esferas, amuletos, eshawabtis (figuras pequenas que eram enterrados com a múmia) revestiam objectos de argila, de sílica e areia, pedra-sabão e era utilizado como capa de esmalte em jóias de metal.
O povo egípcio foi o precursor da filigrana e a realeza usava nas suas jóias, esmaltes com cores opacas como azul-cobalto, turquesa, verde, roxo e branco e pedras como a jaspe, cornalina, lápis-lazúli, malaquita, turquesa e quartzo ficando a lápis-lazúli a mais apreciada das gemas.
No antigo Egito, a jóia era tão importante quanto a sua cor e nenhum símbolo foi tão importante para os egípcios como o escaravelho ou besouro símbolo de renascimento.
Jóias Egípcias
De acordo com o livro dos mortos, o azul-escuro representava o céu quando fica de noite, o verde a ressurreição e a renovação, o vermelho, o sangue a energia e a vida.
Serpentes, escorpiões e outros animais tinham o poder de afastar os espíritos malignos.
A joalheria dos talismãs era destinada para os mortos, como forma de proteção para a outra vida.
Jóias Egípcias
As jóias dos faraós eram preparadas desde o momento de posse do trono, ocupando constantemente os Joalheiros.
Os acessórios encontrados e que faziam parte da ornamentação egípcia eram pulseiras, peitorais decorativos suspensos por corrente ou fita e decorado para representar várias divindades, formava uma espécie de peruca exterior que influi como as ondas do cabelo em fios longos e flexíveis de contas de ouro sendo mantido no lugar por um diadema de ouro de forma a manter a peruca durante as cerimónias.
Jóias Egípcias
Os diademas eram utilizados também pela múmia para proteger a testa do rei no além.
A maioria dos objetos domésticos tais como vasos, placas e móveis eram feitos de ouro batido enfeitado com jóias.
Jóias Egípcias
Embora alguns tesouros egípcios se tenham perdido ou sido roubados, o tesouro do famoso Faraó Tutancâmon, filho de Amenhotep III herdado e acumulado ao longo dos tempos, como o de Seti I ou Ramsés ainda permanece vivo.